
Maria Clara Campanini Publicado em 06/10/2024, às 15:58
Em um trágico incidente ocorrido na região conhecida como Garganta do Diabo, em São Vicente, no litoral de São Paulo, os corpos de Aline Tamara Moreira de Amorim, 37 anos, e Beatriz Tavares da Silva Faria, 27 anos, foram recuperados após o naufrágio de uma embarcação. Outras cinco pessoas que estavam a bordo sobreviveram ao acidente.
O episódio aconteceu na noite de 29 de setembro, quando as vítimas retornavam de uma festa realizada em uma lancha. Durante o trajeto de volta à terra firme, em um barco menor, a embarcação foi atingida por uma onda, lançando seus ocupantes ao mar. As autoridades marítimas ainda não localizaram o barco naufragado, conforme informações fornecidas pela Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP).
O Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar) foi responsável por encontrar os corpos das duas mulheres. No entanto, suas operações focam exclusivamente na preservação da vida e recuperação de cadáveres, sem a realização de buscas por embarcações.
A Capitania instaurou um Inquérito Administrativo de Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) para apurar as circunstâncias do acidente. O inquérito tem um prazo inicial de 90 dias para conclusão, com possibilidade de prorrogação por mais 30 dias. Durante esse período, serão ouvidas testemunhas e realizadas perícias pertinentes.
Aline Tamara Moreira de Amorim era residente de São Paulo e mãe de um adolescente. Segundo relatos familiares, ela não sabia nadar. O corpo foi localizado em Itaquitanduva, entre praias do Parque Xixová, e posteriormente identificado por familiares
Beatriz Tavares da Silva Faria residia com sua família em Santos. Ela era apaixonada por esportes e atuava profissionalmente no segmento de CrossFit. Seu corpo foi encontrado próximo ao Emissário Submarino de Santos e identificado por um tio.
Entre os sobreviventes estão Vanessa Audrey da Silva e Camila Alves de Carvalho. Ambas relataram momentos de desespero durante o naufrágio e conseguiram se salvar agarrando-se a coletes salva-vidas e pedras próximas à Ilha Porchat.
A região da Garganta do Diabo é conhecida por suas fortes correntezas e ondas perigosas que atraem surfistas experientes. Historicamente, acredita-se que o local serviu como rota para as caravelas de Martim Afonso durante a fundação da Vila de São Vicente.
A Marinha do Brasil reforçou seu compromisso em investigar as causas do acidente sem registrar poluição hídrica decorrente do afundamento da embarcação. As autoridades solicitam que a população colabore com informações que possam elucidar os fatos através dos números disponíveis para denúncias.






