
A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) debateu nesta terça-feira (16) projeto (PL 77/2020) que concede o título de Capital Nacional do Cacau ao município de Medicilândia (PA). A cidade produz anualmente cerca de 50 mil toneladas do fruto, o que corresponde a quase metade da produção estadual.
Vereador do município, Sidney de Sousa Filho ressaltou a importância da cacauicultura para a população local. Já o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Medicilândia, Walter Santos Oliveira, destacou que Medicilândia avança na verticalização da produção, com a presença de diversas mini indústrias de chocolate e uma indústria de moagem. Segundo ele, a lavoura do cacau representa reflorestamento, sustentabilidade e geração de renda para a região.
Para a vice-presidente da Associação Nacional dos Produtores de Cacau, Eunice Gutzeit, reconhecer Medicilândia como a capital do cacau é uma forma de projetar o futuro, buscar infraestrutura moderna, crédito e políticas públicas para consolidar a produção sustentável.
— Estamos no momento realmente fundamental para somarmos esforços e buscar infraestrutura moderna, políticas públicas alinhadas à realidade do produtor, acesso ao crédito, fortalecimento da agroindustrialização local e regional, que obviamente, com o homem no campo se gera mais emprego, mantém os jovens no campo, consolida a Transamazônica, o estado do Pará como referência nacional e internacional em produção de cacau sustentável — afirmou.
A audiência foi realizada a pedido do presidente da comissão e autor do projeto, senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), que ressaltou a importância do cultivo do cacau para o desenvolvimento do estado.
— Eu sempre costumo dizer que o cacau mata dois coelhos com uma cajadada só: primeiro resolve a questão ambiental da cobertura vegetal, e segundo resolve o problema social, econômico. As pessoas tem no cacau uma fonte de renda importante — disse Zequinha.
Medicilândia também realiza a ExpoCacau, evento que promove o fruto e apresenta chocolates produzidos em diversos estados brasileiros. A celebração é reconhecida como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Pará.
Sob supervisão de Alexandre Campos, Marina Dantas







