
Maria Clara Campanini Publicado em 30/09/2024, às 14:51
A ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, declarou nesta segunda-feira (30) que as medidas adotadas pelo governo federal desde janeiro de 2023 foram cruciais para evitar um cenário ainda mais grave de seca e queimadas. A afirmação foi feita durante um seminário do G20, focado em investimentos financeiros para a conservação ambiental, realizado no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.
Entre as iniciativas destacadas pela ministra estão o reforço das equipes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), além do incremento no orçamento destinado ao meio ambiente, combate ao desmatamento e a colaboração com governos estaduais e municipais.
“Ao assumir o governo, o presidente Lula enfrentou um crescimento de 80% no desmatamento. Conseguimos não apenas interromper esse aumento, mas também revertê-lo. Isso se aplica tanto à Amazônia quanto ao Cerrado, onde o desmatamento vem diminuindo nos últimos cinco meses”, afirmou a ministra.
Marina Silva também destacou que a situação atual poderia ser significativamente pior se não houvesse intervenções governamentais, fazendo uma referência à expressão usada por Ricardo Salles, ex-ministro do Meio Ambiente durante o governo Bolsonaro. Texto conta com informações da Agência Brasil.
A ministra ressaltou a necessidade de intensificar e fortalecer as ações governamentais para enfrentar a emergência climática, abordando tanto a gestão de desastres quanto a gestão de riscos com base no princípio da precaução. Ela mencionou que a Polícia Federal já instaurou mais de 80 inquéritos para investigar queimadas criminosas.
Em relação à exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas, Marina reafirmou que as licenças ambientais estão sendo avaliadas tecnicamente. “O setor técnico tem o tempo necessário para realizar suas análises. As decisões são tomadas com base em critérios técnicos em um governo republicano”, explicou.
Por fim, sobre a criação da Autoridade de Emergência Climática, a ministra informou que o governo ainda está trabalhando na definição do desenho institucional desse novo órgão.