
Karina Faleiros Publicado em 03/04/2025, às 10:37
Um gabinete de crise foi criado em Guarujá, no litoral de São Paulo, para fiscalizar e debater soluções para a falta de água no distrito de Vicente de Carvalho, localizado no município. A medida deve avaliar quais ações devem ser tomadas para garantir o abastecimento da cidade, que sofre com uma crise hídrica desde fevereiro de 2024.
A medida foi anunciada na quarta-feira (2). Composto por secretarias do governo, o objetivo da prefeitura com este gabinete é avaliar e determinar ações para garantir a normalização do abastecimento.
Em nota, a administração municipal responsabilizou a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) por não aplicar um plano de contingência eficaz e não oferecer respostas concretas à população.
Segundo o g1, desde o dia 28 de março, moradores de Vicente de Carvalho denunciam o caso. A situação afeta aproximadamente 150 mil pessoas, cerca de 20% da população de Guarujá. Segundo o IBGE, a população estimada do município são 294.973 pessoas.
Hoje, a Cidade conta com oito caminhões pipa para solucionar o problema, sendo seis fornecidos pela Sabesp e dois pela administração municipal. Porém, essa quantidade tem se mostrado insuficiente para atender toda a demanda da região.
Em nota, o prefeito Farid Madi afirmou que está acompanhando a situação de perto. “Faremos todos os esforços possíveis para garantir o abastecimento e, depois, buscar uma solução definitiva, que garanta a segurança hídrica que Guarujá busca há tanto tempo”, citou.
Posição da Sabesp
A Sabesp declarou que está ciente da necessidade de melhoria nos sistemas de abastecimento, mas afirma estar operando a travessia subaquática do sistema de abastecimento de Guarujá em sua capacidade máxima.
A empresa informou ter aumentado o número de equipes técnicas para vistoriar e reparar vazamentos, e está monitorando a pressão na rede para minimizar os impactos do período de estiagem, e que além disso, R$ 134,7 milhões serão investidos na construção de uma nova travessia subaquática de Cubatão a Guarujá. A obra prevê um aumento de 500 litros de água tratada por segundo e de até o segundo semestre de 2026.