
Vitória Tedeschi Publicado em 20/02/2024, às 18:12
Nesta terça-feira (20), no ano em que a morte de Henry Borel completa três anos, o Conselho Federal de Medicina (CFM), em uma decisão histórica, condenou Jairo Souza Santos Júnior – mais conhecido por Dr. Jairinho – por infrações éticas gravíssimas.
Jairo, ex-médico e vereador, foi condenado no caso da morte de Henry, criança de apenas 4 anos que foi torturada e morta no apartamento onde morava com a mãe e o então padrasto na zona oeste do Rio de Janeiro, no dia 7 de março de 2021.
Em documento oficial do CFM, divulgado pelo Diário de S.Paulo, foi definido que os atos perpetrados por Jairo não apenas constituíram crimes hediondos sob a ótica penal, mas também violaram de maneira flagrante inúmeros mandamentos do Código de Ética Médica.
A decisão que foi definida como “histórica” também simboliza um marco na luta contra a impunidade e um lembrete da importância da ética na medicina, seja dentro ou fora dos ambientes médicos.
Ainda no mesmo documento, Cristiano Medina da Rocha, assistente de acusação e advogado de Leniel Borel, pai de Henry Borel, diz que decisão do Conselho reafirma o compromisso da comunidade médica com os mais altos padrões de ética e integridade.
Apesar disso, ele ressalta que, embora a condenação seja um avanço significativo na luta por justiça, ainda há um longo caminho a percorrer: “Continuaremos incansavelmente buscando justiça completa para Henry, através de todos os meios legais disponíveis, para garantir que os responsáveis por sua morte sejam devidamente responsabilizados”.






