
Alanis Ribeiro Publicado em 23/11/2024, às 18:26
Mãe e o padrasto do adolescente autista Ryan dos Santos Policarpo, de 14 anos, que morreu com sinais alarmantes de desnutrição, desidratação e múltiplas fraturas em Guarujá, serão julgados em júri popular, em data ainda a ser marcada. O jovem foi levado ao Hospital Casa de Saúde de Guarujá no final de novembro de 2022, mas não resistiu e morreu um dia após a internação.
Os principais suspeitos são a mãe e o padrasto do adolescente, que alegaram à polícia que Ryan havia sofrido uma queda do sofá. No entanto, os profissionais de saúde rapidamente identificaram que as lesões eram incompatíveis com a versão apresentada, o que levantou suspeitas de maus-tratos. Em decorrência das evidências, ambos foram detidos e aguardam julgamento em regime fechado.
O processo judicial, atualmente em segunda instância, está prestes a ser levado a júri popular, conforme decisão recente mantida pelo desembargador Hugo Maranzano. O magistrado destacou que as condições físicas em que Ryan foi encontrado sugerem a intenção deliberada de causar dano letal.
Durante o inquérito policial, a mãe do adolescente relatou que estava em casa quando ouviu um barulho e encontrou o filho caído. Ela afirmou ter socorrido o jovem ao hospital junto com o padrasto. No entanto, a versão não convenceu as autoridades devido à gravidade das fraturas detectadas pelos médicos.
Paralelamente, o padrasto confirmou a versão da companheira, alegando ter encontrado Ryan desacordado após ouvir um estrondo. A defesa dos acusados ainda não se manifestou publicamente sobre os desdobramentos recentes do caso.
O julgamento do casal será crucial para esclarecer os fatos e determinar responsabilidades neste caso.




