
Maria Clara Campanini Publicado em 25/10/2024, às 15:25
Em um trágico incidente no litoral de São Paulo, duas mulheres perderam a vida após o naufrágio de uma embarcação na região conhecida como Garganta do Diabo, em São Vicente. O evento ocorreu na noite de 29 de setembro e envolveu sete pessoas que retornavam de uma festa realizada em uma lancha. A Polícia Civil investiga as circunstâncias do acidente.
A embarcação, cujo limite de passageiros era cinco, transportava sete ocupantes no momento do naufrágio. Esta informação foi confirmada pelo piloto e proprietário do barco durante depoimento à polícia. Segundo relatos, o contratante da viagem estava ciente da capacidade excedida, mas ainda assim insistiu no transporte.
Os corpos de Beatriz Tavares da Silva Faria, 27 anos, e Aline Tamara Moreira de Amorim, 37 anos, foram localizados em áreas próximas ao Emissário Submarino de Santos e Itaquitanduva, respectivamente. Ambas participavam da festa na lancha e não tinham relação prévia antes do evento.
O delegado Marcos Alexandre Alfino informou que o piloto tentou socorrer os passageiros após a embarcação ser atingida por uma onda. No entanto, apenas alguns conseguiram ser resgatados com vida. Nenhuma prisão foi efetuada até o momento, enquanto as investigações prosseguem para determinar se houve imprudência ou negligência.
Sobreviventes como Vanessa Audrey da Silva e Camila Alves de Carvalho descreveram momentos de desespero durante o acidente, afirmando terem se agarrado a coletes salva-vidas e pedras na Ilha Porchat para sobreviverem às ondas fortes.
A Marinha do Brasil instaurou um inquérito administrativo para apurar as causas do naufrágio e possíveis responsabilidades. Destaca-se que não houve registro de poluição hídrica decorrente do incidente. Enquanto isso, a Polícia Civil continua colhendo depoimentos dos sobreviventes para elucidar os detalhes deste lamentável episódio na Garganta do Diabo, uma área conhecida por suas perigosas correntes marítimas.





