
Maria Clara Campanini Publicado em 26/08/2024, às 12:34
Na Baixada Santista, litoral de São Paulo, dois policiais militares foram preso por suspeita de fraude em licitação para manutenção de viaturas do Comando de Policiamento do Interior Seis (CPI-6). Além disso um sargento e um cabo usam de seus cargos para falsificar documentos e receber dinheiro da manutenção dos veículos.
Segundo o Tribunal de Justiça Militar de São Paulo (TJMSP), o sargento e cabo , Evandro Lopes e Vitor Riberio respectivamente, era auxiliares na Seção de Motomecanização do CPI-6 e usavam dos cargos para realizar documentos prevendo serviços de manutenção de viaturas, sem ter necessidade de ser feito.
A dupla também falsificava os documentos relacionados ao preço, pois os pms envolvidos tinham participação no processo licitatórios responsáveis pela manutenção, assim, recebiam o dinheiro pago pelos serviços.
O esquema foi revelado em inquérito da Corregedoria da Polícia Militar, que ouviu um dos proprietários das empresas com os agentes. Foi relatado que o dinheiro era repassado ao sargento Evandro após a proposta de Vitor para recebimento de vantagens indevidas.
Prisões
Segundo o inquérito, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) pediu a prisão da dupla, que foi decretada pelo juiz do TJSP Luiz Alberto Moro Cavalcante na quinta-feira (22). Segundo Luiz, os agentes podem comprometer a produção de provas se ficarem em liberdade.
“Policiais militares, que têm a missão de combater a criminalidade e de dar bom exemplo aos demais, quando se desviam da missão, mudam de lado, e passam a utilizar os poderes que lhe são delegados pelo Estado para se enriquecerem ilicitamente, praticando crimes graves, certamente comprometem a ordem pública e ameaçam ou atingem as normas da hierarquia e disciplina”, explicou o juiz.
As prisões foram feitas no sábado (24) e mantidas na audiência de custódia neste domingo (25). Evandro foi preso em Praia Grande, e Vitor em São Vicente, ambas cidades do litoral de São Paulo.
Também foi apreendido os documentos, aparelhos eletrônicos e dinheiro na casa dos suspeitos, além da liberação do sigilo de computadores e telefones.





