Em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (21), o senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) comemorou a licença concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para a Petrobras dar início à pesquisa exploratória na Margem Equatorial da Amazônia. A empresa tem autorização para perfurar um poço exploratório em águas profundas, na região que vai do Amapá à Foz do rio Amazonas. O parlamentar ressaltou que a autorização é resultado de quase cinco anos de tratativas técnicas entre a estatal, os governos e os órgãos ambientais.
— A aprovação da licença é a prova concreta de que é possível conciliar desenvolvimento econômico com proteção ambiental, respeitando os mais altos padrões internacionais de sustentabilidade — afirmou.
O parlamentar também destacou os contrastes sociais da região amazônica, citando dados de desenvolvimento humano e de insegurança alimentar no Amapá, no Pará e em outros estados do Norte e Nordeste. Para ele, a exploração de petróleo na Margem Equatorial pode ser decisiva para combater a pobreza. O senador mencionou estimativas da Agência Nacional do Petróleo (ANP) que apontam o potencial de até 30 bilhões de barris de petróleo e gás na região nas próximas décadas.
— Acreditamos que essa nova fronteira energética pode ser um divisor de águas para o desenvolvimento da região, gerando empregos, renda, arrecadação, infraestrutura e dignidade para milhões de brasileiros que há décadas enfrentam ou esperam por uma oportunidade real de transformação. Estima-se que essa nova fronteira possa gerar até R$ 1 trilhão em arrecadação estatal nas próximas décadas, com investimentos da ordem de R$ 300 bilhões e a criação de até 300 mil empregos diretos e indiretos — disse.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)